Agência Autoinforme - O álcool ainda é a melhor alternativa quando o assunto é reduzir a poluição atmosférica. Foi essa a conclusão alcançada pela Anfavea e o governo do estado no III Fórum do Meio Ambiente, realizado nesta quarta-feira (26), no Hotel Sofitel, em São Paulo. O evento discutiu o impacto do Protocolo de Kyoto no setor automotivo e as alternativas viáveis para reduzir as emissões de gases poluentes.
Segundo o presidente da Comissão de Assuntos de Energia e Meio Ambiente da Anfavea, Henry Joseph Jr. (clique aqui para ouvir a entrevista completa), a grande preocupação hoje é com o aquecimento global e o álcool é o combustível que menos prejudica a camada de ozônio. “O melhor combustível hoje é o álcool, que responde melhor a essas características de poluição, na medida em que os gases emitidos pelo álcool não são tão reativos em termos atmosféricos”, explica.
De acordo com Henry, no entanto, não existe um combustível 100% eficiente contra a emissão de poluentes. “Todos os combustíveis que estão sendo comercializados em larga escala ou pecam pela questão de poluição urbana ou pela questão de poluição global. Não temos um único combustível que reúna características que permitam atacar esses dois lados ao mesmo tempo”, diz.
O consultor da Secretaria do Meio Ambiente do Estado, José Roberto Moreira, também participou do evento e defendeu o álcool como a melhor alternativa disponível hoje no cenário mundial. “Se os EUA pudessem produzir álcool de cana, hoje o mundo não estaria mais consumindo petróleo”, diz. Moreira acrescenta que muitos países estão interessados em importar a tecnologia brasileira e passar a utilizar o álcool como combustível o que, segundo ele, ajudaria muita a reduzir o aquecimento da Terra.
Na opinião de Moreira, o álcool deixa o Brasil em uma posição extremamente confortável para combater o efeito estufa. “A Europa trocou a gasolina por diesel para reduzir as emissões, mas o ganho foi pequeno. É como se você usasse um sapato 36 em um pé 44 e tivesse a possibilidade de trocar para um 37. Você troca, diminui a dor, mas não resolve. A mesma coisa com o carro híbrido. De 36, você pula para um 39, enquanto que o Brasil calça um sapato 45, bem mais confortável”, compara.
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