quinta-feira, 12 de março de 2009

Imperatriz. Nossa Torre de Babel.

É comum ouvirmos diariamente na terra do frei, expressões coloquiais como “eu vou mais tu” ou “eu falei pra tu”. O emprego dos pronomes é tão incorreto quanto preocupante já que moramos na segunda maior cidade do Maranhão, onde milhares de jovens se preparam para o futuro. O mesmo acontece com o emprego incorreto dos verbos. É comum registrarmos conjugações como “nois vai junto ao shopping” ou “a gente somo legais”. Tão incorreto quanto impossível, pois dessa forma, ninguém vai ao shopping ou muito menos alguém é legal.

Os estudiosos encontram explicações na mistura de falares e sotaques dos milhares de cidadãos que vêm de vários estados em busca de um abrigo financeiro e social e encontram na nossa Imperatriz o paraíso desejado. Em compensação, deixam de herança essa torre de babel a qual vive o nosso povo que perdeu a sua identidade cultural e ganhou centenas de palavras em seu vocabulário popular.

Entre goianos, cariocas, mineiros, capixabas, paulistas e até estrangeiros, a confusão está feita.

Falar bonito não é feio. Falar corretamente é uma obrigação. Nossa língua é a nossa pátria e se não nos orgulhamos da nossa língua, não amamos a nossa pátria.

Falar bonito não é “frescura”, assim como falar como vaqueiro de fazenda que se sente um deus por que aprendeu tudo sem ir à escola, não é prova de masculinidade.

Chegou a hora de levantarmos a nossa bandeira de cidadãos brasileiros que respeita as suas raízes, a sua língua.

Esse falar não pode ser a língua que só imperatriz compreende. A língua é universal e nós devemos fazer parte deste contexto linguístico, falando corretamente para ser entendido pelo mundo.

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