sábado, 25 de abril de 2009

Imperatriz vira um caos após chuva

As pesadas chuvas que caíram desde o final da tarde da última quinta-feira (23) causaram sérios prejuízos aos moradores do centro e dos bairros, mas principalmente às pessoas residentes nas margens e nas proximidades dos riachos Bacuri, Santa Teresa e Capivara. Para uns o prejuízo é incalculável, uma vez que tiveram todos os móveis danificados em função das águas que tomaram conta de suas casas.

Outros, mais precavidos, levantaram os móveis, inclusive geladeira, suspensas em mesas ou camadas de tijolos, de forma que não foram alcançados pelas águas. É o caso de Denis Frota Santos, residente na Rua Coriolano Milhomem, 1198, às margens do riacho Bacuri, disse que a água entrou em sua casa no início da noite anteontem e só baixou desocupando as dependências no início da tarde de ontem.

Denis Santos disse que não sofreu prejuízo porque ao começar a chuva tratou de suspender os pouco móveis “de forma que o único transtorno foi ter que dormir com a água dentro de casa e ter que retirar a lama que é trazida pela correnteza”. Ao contrário de Denis, sua vizinha Maria do Socorro Martins dos Santos, residente na mesma rua, No 1145, sofreu prejuízos com a perda de alguns móveis de sua residência.

Maria do Socorro, enquanto a reportagem averiguava a situação do local e dos moradores, encontrou e matou dentro de sua casa uma cobra. Ela garantiu que foi a segunda que apareceu em sua casa por ocasião de uma enchente. “Tal situação faz com que a gente fique preocupado toda vez que chove, pois tenho duas crianças indefesas que correm o risco de serem picadas por uma dessas serpentes”, afirmou a moradora.

A Defesa Civil do Município detectou vários pontos considerados críticos. Entre eles, esta área da Rua Coriolano Milhomem, entre a Rua Euclides da Cunha e Rua Beta, no bairro do Bacuri. Toda a área do porto das balsas também foi considerada crítica, como a Rua Rio Grande do Norte, na Nova Imperatriz, onde o asfalto cedeu, e em todas as regiões das margens dos riachos que cortam os bairros da cidade.

Calamidade – Em contato com a reportagem, o Assessor de Comunicação da Prefeitura, jornalista Élson Mesquita de Araújo informou que a Defesa Civil do Município está em contato direto com o Corpo de Bombeiros, e continua monitorando as áreas consideradas de risco. Afirmou que a Superintendência Municipal de Defesa Civil fez um relatório substanciado com as ocorrências de toda a cidade para ser apresentado ao prefeito Sebastião Madeira.

O jornalista, informou, ainda, que Madeira se encontrava em São Luis tratando de assuntos concernentes ao município, mas ao tomar conhecimento da situação, ordenou que todos os membros de sua equipe apoiassem a Defesa Civil em seu trabalho no socorro à população. “O prefeito nos garantiu que ao chegar na cidade ele faz questão de visitar todos os pontos críticos, conversar com os moradores para sentir de perto suas necessidades”, disse Élson Araújo, informando que Madeira deveria retornar na tarde de ontem.

O Assessor de Comunicação disse que o prefeito vai visitar in loco os bairros atingidos, verá o relatório apresentado pela Superintendência Municipal da Defesa Civil, para avaliar melhor o problema, quando então decidirá se assinará, ou não, um decreto tornando de calamidade pública a situação do município. “É grande a possibilidade que isso venha ocorrer em função dos prejuízos causados a cidade e a seus habitantes”, concluiu Élson Araújo.

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