sexta-feira, 30 de julho de 2010

Projeto de instalação da Suzano em Imperatriz


A Suzano Papel e Celulose está abrindo uma agenda bilateral, com o objetivo de manter contatos com diversas entidades, as quais a empresa julga necessária para troca de experiência visando, ainda, estabelecer uma parceria caso o Estudo de Impacto Ambiental e o Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) seja aprovado pela Secretaria de Estado de Recursos hídricos e Meio Ambiente e a empresa venha definitivamente se instalar no município de Imperatriz.

Ontem pela manhã, antecipando a apresentação que aconteceu no período da noite no Palácio do Comércio, durante a audiência pública, a empresa convidou duas entidades representativas deste município: a Fundação Rio Tocantins – Memorial do Pescador, que esteve representada pelo seu presidente, o jornalista e ambientalista Domingos Cezar Ribeiro, e a União dos Moradores do Imbiral, cuja entidade esteve representada pelo agricultor e ambientalista Raimundo Barbosa de Sousa, o Calango.

A Suzano esteve representada pelo gestor de Qualidade e Meio Ambiente, Eraldo Cordeiro de Almeida Júnior e pela gerente socioambiental no Maranhão, Adriana Carvalho, os quais fizeram uma amostragem do projeto a ser implantado, mas também colheram informações sobre o rio Tocantins na área de atuação pretendida pela empresa. De acordo com Eraldo Almeida Júnior, a escolha do local seu deu principalmente, em função das volumosas águas do rio Tocantins.

Ele explicou que a empresa pretende montar suas instalações logo que a SEMA (Secretaria de Meio Ambiente) dê o sinal verde, ou seja, que aprove o EIA/RIMA que será apresentado à Secretaria, logo após a realização da audiência pública que aconteceu ontem a noite em Imperatriz pela segunda vez. "Como temos uma proposta ambiental muito correta acreditamos na aprovação dos estudos, para que possamos de imediato trabalhar na implantação da fábrica no Maranhão", disse Júnior.

Eraldo Júnior informou que a fábrica será instalada em áreas das Fazendas Santa Cecília e Saramambaia, localizadas entre a Estrada do Arroz e o rio Tocantins, nas proximidades do povoado Bacaba, município de Imperatriz. Para instalação da fábrica, técnicos estudaram a localização da área, qualidade de água e volume do rio. "Ela tem que ser instalada distante do conglomerado urbano, reservas indígenas e de preferência em áreas que já foram utilizadas nos serviços agropastoris", afirma Eraldo Júnior.

Ele apresentou dados primários com levantamento de campo (análise de água subterrânea e solo, água superficial, qualidade do ar, medições de ruído, meio biótico e sócio-econômico); dados secundários (informações bibliográficas) e informações cartográficas (mapas, cartas e imagens de satélite). Em relação à qualidade do ar, o gestor de Qualidade e Meio Ambiente garante que não haverá fuligem fora da área da fábrica e dentro das instalações nada que cause impacto danoso aos trabalhadores.

De acordo com os estudos da Suzano, a vazão máxima do rio Tocantins no período da cheia é de 5.000m3 por segundo, enquanto a mínima é de 833m3 por segundo, no período da estiagem. Os técnicos garantem que a implantação da fábrica não trará nenhum dano para o rio, uma vez que a empresa vai captar somente 2,2m3 de água e devolve 2,0m3. "Além do mais, depois de utilizar a água captada ela será devolvida devidamente tratada em instalações próprias que não influirá no curso normal das águas", conclui Eraldo.

Por sua vez, Adriana Carvalho fez questão de assinalar que convidou, inicialmente, essas duas entidades, por compreender serem estas duas organizações que mais se preocupam com a questão dos recursos hídricos, principalmente quando se trata do rio Tocantins e seus afluentes. A gerente Socioambiental da Suzano afirmou que vai dar continuidade a essa agenda bilateral com outras entidades que podem compartilhar na troca dessas informações que ela considera salutar, tanto para a empresa, quanto, para a própria comunidade.

Fonte: Oprogresso

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