quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Brasil não entrará em recessão, diz Mantega

A economia brasileira não entrará em recessão, assegurou nesta quarta-feira (4) o ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante o balanço de dois anos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no Palácio do Planalto. A recessão se caracteriza por dois trimestres de queda no Produto Interno Bruto (PIB).

"Não teremos recessão. A palavra recessão serve para os Estados Unidos, para os países da União Européia e para o Japão. Mas não para o Brasil", disse Mantega, acrescentando que mantém a meta de que o país cresça 4% neste ano. O mercado financeiro, porém, já projeta um crescimento abaixo de 2% para 2009.

A certeza do ministro de que não haverá recessão, porém, não é compartilhada pelos representantes do empresariado, que já admitem essa possibilidade no início deste ano.

Desaceleração

O ministro Guido Mantega já admite, porém, que haverá desaceleração da economia brasileira por conta da crise financeira internacional, que tem afetado a concessão de crédito e a demanda (procura por produtos e serviços) interna e externa.

"Esperamos uma desaceleração, que se deu no último trimestre de 2008, e que deverá se acentuar no primeiro trimestre deste ano. Mas a economia brasileira tem uma capacidade de reação grande, e o PAC é parte disso. Não vamos ter recessão em 2009, ao contrário de outros países emergentes. Teremos desaceleração, mas não será tão grave e o Brasil terá crescimento maior do que a maioria dos países", afirmou o ministro da Fazenda.

Atividade industrial

Mantega afirmou ainda para as pessoas não se "impressionarem" com o forte recuo da atividade industrial registrada nos três últimos meses do ano passado. Acrescentou que, no mês de janeiro, já pode ser vista "alguma retomada" dos investimentos privados.

"Os números de dezembro mostram um período de impacto forte da crise. O pessoal parou de produzir e queimou estoques. Preferiu vender estoques, que é uma forma de ter capital de giro. Alguns ficaram sem produtos, porque o consumo se manteve", afirmou ele.

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