Como principais agentes da questão relacionada com abuso e violência sexual de crianças e adolescentes, os conselheiros Odair José Lima Sousa, coordenador da Área 11 de Conselho Tutelar e Edmilson da Silva Pinto, coordenador da Área I, tiveram a oportunidade de expor da tribuna da Câmara sobre as ações desenvolvidas e as dificuldades vividas pelo Conselho Tutelar de Imperatriz.
Primeiro a se pronunciar, Odair José falou da necessidade de se instalar nesta cidade uma delegacia especializada no tratamento dos direitos da criança e adolescente. “Geralmente, quanto temos um caso que precisamos registrar a ocorrência na delegacia, alguns policiais se negam a fazê-lo se justificando que eles não tem essa especialidade”, disse o conselheiro, lembrando que “não é possível que Imperatriz como a segunda maior cidade desse estado não tenha essa delegacia”.
O conselheiro revelou, também, que há três meses que o Conselho Tutelar não dispõe de um veículo, de um telefone, para que se possa receber denúncias. Informou, entretanto, que manteve audiência com a secretária de Desenvolvimento Social (Sedes), Conceição de Maria Soares Madeira, e esta lhe autorizou a locar um veículo para o Conselho, “Além do mais, nos garantiu também que vai nos arrumar a linha telefônica”.
Odair José aproveitou a ocasião para convidar os vereadores a prestigiarem o encontro de conselheiros e ex-conselheiros que se realizará no período de 25 a 27 de março, no Centro Anajás. “Nesse encontro estaremos expondo as nossas atividades, as nossas dificuldades e nossos projetos para resgatarmos crianças e adolescentes em área de risco”, concluiu o conselheiro.
O coordenador da Área I, Edmilson da Silva Pinto, endossou as palavras do colega observando que o Conselho Tutelar não tem carro, não tem telefone, nem Internet. Disse que no ano passado o Conselho realizou, com toda deficiência, 1.240 atendimentos. “E só não prestamos um melhor atendimento às pessoas que nos procuram por falta de uma melhor estrutura”, disse Edmilson Pinto.
Ele revelou ainda, que todos os conselheiros de Imperatriz ou possuem cursos superiores ou estão cursando. “Isso demonstra que nossos conselheiros estão preparados para realizar um bom trabalho, porém a instituição é que precisa ser melhor estruturada”. Edmilson Pinto observou também, que em face a demanda e o crescimento populacional da cidade, teria que ser criados mais dois Conselhos para atender toda a demanda.
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