segunda-feira, 4 de maio de 2009

Recursos para o Maranhão ainda estão indefinidos

SÃO LUÍS – Os recursos que serão destinados ao Maranhão, pelo Ministério da Integração, ainda estão indefinidos, de acordo com o ministro Geddel Vieira Lima, responsável pela pasta. Ele esteve em São Luís nesta segunda-feira, 4, onde se reuniu com a governadora Roseana Sarney, secretários de estado, deputados e senadores maranhenses e representantes da Caixa Econômica. Logo após a reunião, a qual a imprensa só teve acesso para registrar imagens, o ministro, a governadora e os vice-presidentes da Caixa, concederam entrevista coletiva.


Uma das primeiras declarações do ministro Geddel Lima foi de que não há como precisar qual será o montante de recursos que serão destinados ao Maranhão. De acordo com ele, apenas quando as águas baixarem e os prejuízos forem contabilizados é que o ministério poderá definir em quanto será a ajuda financeira federal.


– O que podemos fazer agora é prestar assistência de emergência, que consiste no envio de cestas básicas, remédios, colchões, lençóis, entre outros materiais. É o que nos cabe fazer agora. Numa segunda etapa, que virá depois que as águas baixarem, poderemos definir essa ajuda, que será destinada à reconstrução. Para isso, já há uma Medida Provisória no valor de R$ 300 milhões, mas para ajuda a vários estado e não só ao Maranhão – afirmou o ministro.


A bancada maranhense no Congresso, porém, já enviou um ofício ao próprio ministro pedindo que uma outra Medida Provisória seja feita, aumentando esse valor. Os parlamentares acreditam que parte desses R$ 300 milhões que será destinado ao Maranhão será muito pouco para reconstruir as regiões atingidas pelas chuvas e enchentes.


Uma das preocupações da bancada maranhense, externada pelo deputado federal Sarney Filho (PV), não é com a liberação desses recursos, mas com a efetiva chegada dele ao estado e às prefeituras. Para ele, a burocracia pode atrapalhar, mas o ministro Geddel Lima frisou que o governo federal realmente só enviará os recursos após a apresentação de documentos das prefeituras, como por exemplo, as prestações de conta. Sem isso, o recurso não é enviado.


Auxílio


Até agora, a ajuda do governo do estado e do Ministério da Integração foi de: 500 barracas de lona, 30 mil cestas básicas, 15 mil colchões, 20 mil lençóis e redes, 10 mil filtros e 216 mil medicamentos.


– Esses dados são de hoje. Amanhã isso poderá aumentar, acompanhando sempre os números de atingidos, desabrigados e desalojados. Ainda temos previsão de mais 30 dias de chuva. Vamos ajudar nessa etapa de emergência e só depois poderemos saber realmente o prejuízo final – ressaltou a governadora Roseana Sarney.


Presentes na reunião, os vice-presidentes da Caixa, Carlos Borges e Fábio Lenza, anunciaram que a partir desta terça-feira, 5, uma conta no banco estará disponível para receberem doações de todo o país para ajudar os atingidos pelas chuvas e enchentes no Maranhão. De acordo com eles, a experiência com Santa Catarina, no fim de 2008, serve de exemplo, já que foram arrecadados aproximadamente R$ 6 milhões. Juntamente com a Defesa Civil, o banco fará a divulgação do número da conta e espera contar com a ajuda dos brasileiros que sempre se mostram solidários às situações como a do Maranhão.


Números


Durante a reunião com o ministro Geddel Lima, a governadora Roseana Sarney entregou ao ministro um documento com números e informações sobre a situação momentânea do Maranhão.


Segundo o documento já são: 112.865 pessoas atingidas, 25.957 desalojados, 20.776 desabrigados, 41 municípios afetados, 29 em situação de emergência, um município (Monção) em estado de calamidade pública, 794 km de estradas danificadas, 1.317 casas destruídas, 2.627 casas danificadas e seis mortes.

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